De capa e volta, de calção e vara,
hei-de ir, Procurador do meu Concelho,
falar ao Senhor-Rey com fala clara,
dizer-lhe uma oratória que aparelho!
Cortes-Gerais. O Reyno se prepara
p'ra ouvir a voz dos Povos em conselho,
Monforte ao Banco-Doze me mandara.
Real! Real! - e incline-se o joelho.
Ó Deus de Ourique, cumpre o prometido!
Leva-nos contra os novos muçulmanos,
- nós somos livres, livre é o nosso Rey!
Eu reconheço-lhe o morrião florido.
Onde eu me achava há setecentos anos
com ele, já erguido, me encontrei!
António Sardinha
quarta-feira, abril 05, 2006
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