Já não screvo nada há muito tempo
A Saudade, aperta,
a fome devora-me,
sangro pela raiz
matriz do meu peito
alma chora ao som do Mestre
o Soar agudo
profundo
ressoa em mim
fonte de luz que és tu
na arte da fuga
renasce em mim
cada nota,
cada ser
Ser profundo
é erguer do escuro
a pedra oculta
é ser mago sem magia
poeta sem poesia
sangue que me cospes
que purgas meu corpo
de dor
de magia
e tristeza
arde poeta
na eterna sepultura,
cremado pelo calor
d´um amor
Foge negro escuro
a luz aproxima-se
arde e brilha
Som celestial
oiço-te e busco
a eterna voz, nota
corda
que um poeta tocou.
Francisco Canelas de Melo
quinta-feira, dezembro 11, 2008
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