quinta-feira, dezembro 11, 2008

A Johann Sebastian Bach

Já não screvo nada há muito tempo

A Saudade, aperta,
a fome devora-me,
sangro pela raiz
matriz do meu peito

alma chora ao som do Mestre

o Soar agudo
profundo
ressoa em mim

fonte de luz que és tu
na arte da fuga

renasce em mim
cada nota,
cada ser

Ser profundo
é erguer do escuro
a pedra oculta

é ser mago sem magia
poeta sem poesia

sangue que me cospes
que purgas meu corpo

de dor
de magia
e tristeza

arde poeta
na eterna sepultura,
cremado pelo calor
d´um amor

Foge negro escuro
a luz aproxima-se
arde e brilha

Som celestial
oiço-te e busco
a eterna voz, nota
corda
que um poeta tocou.

Francisco Canelas de Melo

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