quarta-feira, abril 29, 2009

Em tempos sonhei-te,
Admirei-te,
Amei-te,

A vida infortuita
que do sonho se faz Vida,
vida vivida,
vida sofrida,
vida renascida,
que do sonho se faz Vida?

Oh Imortal,
Oh Intemporal
Mestre do Tempo

Velejas em mim,
em mar de lágrimas,
mar solitário,
obscuro,
recatado,
preso ao abismo do meu Sonho

Por que te vais, Ó Encoberto?

Se do sonho renasci,
se do sonho cresci,
se do sonho vivi,

Busco-me,
Procuro-me,
Navego-me,

Sou Marinheiro (s)em Mar
(de lágrimas)

Mar Salgado,
agridoce,
que teimas em navegar.


Francisco Canelas de Melo

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