terça-feira, julho 18, 2006

Pequena lembrança de Teixeira de Pascoaes

Screvo
Morto-vivo,
Respiro ar
Mas não
Vivo,
Deixo-me
Existir
Disperso
Da Natureza
Que Marão
(A)guarda.

Fútil vivência,
A morte presença
Do esquecido passado
Escondido,
Perdido,
Ignorado,
Pelos mortos-vivos,
Homens nascidos,
Paridos
Cegos órfãos
Da Mãe-Natura.

Francisco Canelas de Melo

1 comentário:

martim de gouveia e sousa disse...

Brilhante admonição sobre a condição humana e feliz evocação do grande Pascoaes.