sexta-feira, fevereiro 20, 2009
Há um tudo-mundo
além de ti,
além de mim,
de vós e nós,
Há um sorrir profundo
na sombra do mundo
Há luz intemporal
como farol do mundo
Onde na noite escura
revela o mistério,
o véu da vida.
Francisco Canelas de Melo
O Poeta anseia
libertação,
mas a sua condição
é para além
da vontade:
"Quem quer passar o Bojador,
Rem que passar além da dor." (FP)
O Poeta carrega
uma cruz em
seus dedos...
Imagina a longa
Caminhada da Vida
num simples verso,
é Homem sem o ser,
narrador da vida.
Francisco Canelas de Melo
libertação,
mas a sua condição
é para além
da vontade:
"Quem quer passar o Bojador,
Rem que passar além da dor." (FP)
O Poeta carrega
uma cruz em
seus dedos...
Imagina a longa
Caminhada da Vida
num simples verso,
é Homem sem o ser,
narrador da vida.
Francisco Canelas de Melo
Poeta é Ser
Caído, desgraçado
e maltratado,
é habitante do
beco escuro,
demónio da sarjeta,
que vive vivendo
sem morrer
a cada dia.
Francisco Canelas de Melo
Caído, desgraçado
e maltratado,
é habitante do
beco escuro,
demónio da sarjeta,
que vive vivendo
sem morrer
a cada dia.
Francisco Canelas de Melo
A Voz do coração
geme de dor,
A dor explode em Amor,
transmuta-se em dor,
O Homem vive do Ar,
respirar profundo,
(insuflar do peito)
Tu, Homem grande
de coração profundo,
Ergue a tua vita
onde Amor é
mais que o Sonho,
É a Vida.
Francisco Canelas de Melo
geme de dor,
A dor explode em Amor,
transmuta-se em dor,
O Homem vive do Ar,
respirar profundo,
(insuflar do peito)
Tu, Homem grande
de coração profundo,
Ergue a tua vita
onde Amor é
mais que o Sonho,
É a Vida.
Francisco Canelas de Melo
Jaz vivo,
a dormir,
o Velho caído
da vida velhinha,
da vida sofrida...
É o fado do mundo,
d´um Português
quase-defunto
que renasce em
cada Ser.
Francisco Canelas de Melo
a dormir,
o Velho caído
da vida velhinha,
da vida sofrida...
É o fado do mundo,
d´um Português
quase-defunto
que renasce em
cada Ser.
Francisco Canelas de Melo
O Poeta caminha,
só, perdido, por
encontrar
É vagabundo
do Mundo
É Ser surreal
é a inexistência
no Ser
Onde uma voz clama
ao seu ouvido:
"A Sudez do Mundo!"
Poeta é incompreensão,
é interpretação mundana,
"rimatória" querida,
Poeta é a voz do
Verbo
transciptor d´Alto,
transmite a
ignorância, a
voz calada, silenciosa,
a voz Divina.
Francisco Canelas de Melo
só, perdido, por
encontrar
É vagabundo
do Mundo
É Ser surreal
é a inexistência
no Ser
Onde uma voz clama
ao seu ouvido:
"A Sudez do Mundo!"
Poeta é incompreensão,
é interpretação mundana,
"rimatória" querida,
Poeta é a voz do
Verbo
transciptor d´Alto,
transmite a
ignorância, a
voz calada, silenciosa,
a voz Divina.
Francisco Canelas de Melo
Confutatis maledictis
O mundo,
a crise anunciada
Trevas profundas
onde reina o fel
sobre o mel da vida
ode ultrapassada
ao poeta decadente
a memória do morto
ressuscitado
a morte que vive
em vida que morre
Lacrimosa (Kv.) do Mundo
onde o sal
de tuas lágrimas
purifica a dor,
crise do submundo.
Francisco Canelas de Melo
a crise anunciada
Trevas profundas
onde reina o fel
sobre o mel da vida
ode ultrapassada
ao poeta decadente
a memória do morto
ressuscitado
a morte que vive
em vida que morre
Lacrimosa (Kv.) do Mundo
onde o sal
de tuas lágrimas
purifica a dor,
crise do submundo.
Francisco Canelas de Melo
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Lá quando em mim perder a humanidade
Mais um daqueles, que não fazem falta,
Verbi-gratia – o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade:
Não quero funeral comunidade,
que engrole sub-venites em voz alta;
Pingados gatarrões, gente de malta,
Eu também vos dispenso a caridade:
Mas quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:
"Aqui dorme Bocage, o putanheiro:
Passou a vida folgada, e milagrosa:
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro."
Manuel Maria Barbosa du Bocage
Já Bocage não sou!... À cova escura
Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.
Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa!... Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse, pura!
Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:
Outro Aretino fui... A santidade
Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!
Manuel Maria Barbosa du Bocage
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
As traduções são como as mulheres
as que são fiéis raramente são belas,
as que são belas raramente são fiéis.
Roy Campbel
as que são fiéis raramente são belas,
as que são belas raramente são fiéis.
Roy Campbel
domingo, fevereiro 08, 2009
ACEITA o universo
Como to deram os deuses.
Se os deuses te quisessem dar outro
Ter-to-iam dado.
Se há outras matérias e outros mundos -
Haja.
Alberto Caeiro
Como to deram os deuses.
Se os deuses te quisessem dar outro
Ter-to-iam dado.
Se há outras matérias e outros mundos -
Haja.
Alberto Caeiro
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