quinta-feira, agosto 17, 2006

Oiço-te,
Ó grandioso Zéfiro,
Em escarpa íngreme
do monstruoso rochedo
engolindo
um céu nebuloso,


Oiço-te,
doce cantar
de um rouxinol
embebido num luar
matinal,

Oiço-te,
Mãe-Natura
Virgem
e Pura,
que clamas
por nós...

Oiço-vos,
Meus Irmãos,

Oiço-nos,
oiço,

Um cair de lágrimas em terra
dum sofrimento ardente,
sufocante e destruidor
das altas labaredas
alimentando nossa dor...

Chorai Irmãos da Mátria-Natura,
lágrimas de Druida,
em rios correrão,
até ao fim
da desventura.

Francisco Canelas de Melo

2 comentários:

Anónimo disse...

Belo, Belo... bebi estas palavras com a sede que não existe provocada pela plena abundância de chuva que abraça a terra entristecida e violada...

Um abraço primo,

A.

Anónimo disse...

Já não me lembrava de ler palavras de tamanha beleza