domingo, abril 02, 2006

Ao Mestre Agostinho da Silva



"Sou marujo mestre e monge
marujo de águas paradas
mas que levam os navios
às terras por mim sonhadas
também sou mestre de escola
em que toda a gente cabe
se depois de estudar tudo
sentir bem que nada sabe
mas nem terra ou mar me prendem
e para voar mais longe
dum mosteiro que não houve
e não haja me fiz monge"
"Talvez dum monge fugido
ao que prometia céu
seja este retrato meu
marujo desembarcado
ou professor miserando
enfim um pobre coitado
nada disso agradecido
e satisfeito e louvando."

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